O Disney Channel que você não conhecia

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Hoje o assunto vai ser um pouco diferente, vamos viajar para o lado televisão da Disney: A nossa querida Disney Channel. Gerações mais antigas como a minha podem pensar coisas como: “Hoje em dia não tem nada que presta no Disney Channel” “As séries antigas eram ótimas” “ Nunca vai existir uma série da Disney boa como Hannah Montana ou Zack e Cody”.... Mas será? Eu mesma costumava pensar assim mas acabei dando uma chance para essa nova geração do Disney Chanel, comecei por Liv e Maddie, que por sinal é muito boa, e depois fui testando Stan o cão blogueiro , Jessie....Mas a que me surpreendeu de verdade, e eu me atrevo a dizer, que  é comparável ou até melhor do que as séries  mais antigas, foi: Girl Meets World. 




        os fãs da antiga disney quando escutam que as séries novas são tao boas quanto as antigas.


 E o que essa série tem de tão especial?  Bem, pra começar, primeiro precisamos  falar de outra série, Boy Meets World,  que foi a que deu início a toda história, lá pelos anos 90:
Sem querer quebrar a vibe logo de cara,  mas preciso confessar que as primeiras temporadas de Boy Meets World não são tão legais assim, são bem  previsíveis na verdade.


O programa é sobre um garotinho de 11 anos chamado Cory Matthews (Ben Savage), que vive situações comuns no dia a dia de uma criança,  com seus amigos Shawn Hunter (Rider Strong)  e Topanga Lawrence (Danielle Fishel)

                                                                       Um dia normal na escola John Adams.

 Cory aprende diversas lições com ajuda de sua família e  de seu professor e vizinho, Mr. Feeny (William Daniels) sobre a vida e os problemas que ele enfrenta


A série também aborda a relação de Cory com a família, o seu pai, sua mãe, seu irmão mais velho e sua irmãzinha.



Logo no primeiro episódio Cory tem um pequeno desentendimento com o seu irmão mais velho, Eric, por causa de uma garota.




E não podemos deixar de mencionar que quando chegamos na terceira temporada o casal principal da série é formado: Cory e Topanga.

Eles passam por diversas situações sobre o seu relacionamento, que apesar de ser aquele casal que sem dúvida vão acabar juntos, sofrem vários vais e voltas:


E esse relacionamento não envolve apenas eles mesmos, mas também a amizade de Shawn, que vai crescendo não só entre ele e Cory mas também entre Topanga e  claro, seus outros amigos.
                                           Que quando nós passamos a conhecê-los fica muito difícil escolher um preferido.

E por falar nos amigos, eles não são do tipo que ficam apagados na sombra do protagonista, ao longo das temporadas os episódios não focam apenas em Cory, dando espaço também para os problemas dos outros:


Inclusive quanto mais os personagens crescem mais temas “pesados” são tratados na série, coisa que realmente me impressionou pois eu nunca tinha visto alguém mencionar sexo ou bebida alcoólica  em uma série do  Disney Channel.



E o legal é que eles não fazem de uma forma que fique forçado, apenas não censuram tanto quanto hoje em dia, o que torna a série mais original e interessante.

            Quando, na lua de mel(sim, eles chegam a ter lua de mel!), perguntaram se Cory ainda estava dormindo.

E finalmente, como isso leva a Girl Meets World?



















Simples! A série não é nada menos do que uma sequência de Boy Meets World! Isso mesmo, essa série atual do Disney Chanel traz como protagonista a filha de Cory e Topanga: Riley Matthews (Rowan Blanchard):



















Sim, a garota que está gritando no gif acima.


E não é só pelo fato de trazer como protagonista, a filha  de Cory e Topanga que Girl Meets World é boa, não mesmo, é claro que isso já conta pontos para ser um programa maravilhoso, mas Riley Matthews tem muito mais do que a sua ascendência:

                                                                              "Você não me conhece mesmo." 

Para começar, Cory volta como professor de história  de Riley e  seus amigos na escola.

Suas aulas são uma mistura de fatos históricos  com situações que acontecem na vida da turma, em cada episódio existe uma lição, e elas costumam ser inteligentes e reflexivas , já foram abordados temas como comunismo, bullying, autismo e diversidade cultural:








O que é muito bom,  porque quando me falavam de série do Disney Channel de hoje em dia, só o que vinha na minha cabeça era comédia barata e draminhas adolescentes, mas Girl Meets World é um programa  que nos faz pensar, e ainda vem com uma pitada de humor, e claro, muuuitas referências de Boy Meets World (quem não ama referências?)

                                 Aqui Cory tentava se decidir entre duas garotas colocando jujubas em uma balança.

E aqui os garotos usaram  mesmo método para a mesma situação. (as perguntas foram feitas de modo diferente mas ok) 

E essas só são poucas de muitas, que vou deixar vocês irem descobrindo sozinhos, que é bem mais divertido:

 "Stuart Minkus, garoto normal."
















"Eu sou Donnie Barnes: Garoto normal."

Claro que a série atual tem bem menos liberdade de expressão do que Boy Meets World, o que eu não concordo, por que nos anos 90 era normal falar de homossexualidade e em pleno século 21 isso continua sendo um tabu?

                             Mas quem sabe as coisas não avançam no Disney Channel, hein?
                                                                   "Huh. Então talvez ainda tenha esperança."

Mas o que mais importa é o jeito como eles refletem sobre as lições de cada episódio sem ser forçado nem bobinho, e ainda exploram a personalidade de cada personagem a fundo, que ao longo dos episódios nos permite conhecer mais quem eles são.

Como por exemplo, Lucas Friar (Peyton Meyer):




















O garoto por quem Riley se apaixona no primeiro episódio, no começo ele parece ser  mais um daqueles bonitinhos que a protagonista vai ficar babando pelo resto da série.

Mas com o tempo ele passa a ser o amigo que TODO mundo quer ter, simplesmente pelo fato de que Lucas defende os seus amigos, com muita garra.

                                    Ninguém se atreve a machucar os amigos desse cara:




E o que falar deles?




















Riley e Maya (Sabrina Carpenter), assim como Cory e Shawn , nos mostra que NADA no universo pode acabar com uma amizade, do mesmo jeito que Shawn se mete em problemas e Cory é o que tira deles, Riley embarca com Maya em todas as confusões em que ela se mete (parece que teve a quem puxar não é mesmo?) e acaba a  salvando depois.












Fala sério gente, existem amigos mais fofos  do que eles?











E agora, na minha opinião, um dos melhores personagens:

Farkle:












“Esse é um daqueles personagens que são super forçados para serem engraçados mas que na verdade são super chatos.” Essa foi a minha primeira impressão sobre ele, eu não poderia estar mais enganada.




Farkle não só carrega uma bela referência de Boy Meets Wolrd no sangue (que eu não posso contar porque é spoiler) como também é uma pessoa incrível que da muito valor aos seus amigos e está sempre preocupado com o bem estar deles:





                                                       Além de que ele é realmente engraçado

                                                       Fala sério, como não amar esse cara?

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado do post e que deem uma chance para essa série tão boa, que realmente me deixou no feels enquanto eu assistia e se quiserem uma dica comecem por Boy Meets World e aguentem até avançar as temporadas, eu garanto que vale muito a pena! Até mais, e se você se interessou corre lá para assistir! 


                                                                        Vocês pensando se assistem a série ou não. 

A Disney dos Esquecidos Um (Planeta do Tesouro)

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A Disney dos Esquecidos Um
(Planeta do Tesouro)

            Cinderela, Rei Leão, 101 Dálmatas, são só três dos vários sucessos da Disney que podemos citar aqui, e claro que não vamos querer desmerecer eles em momento algum, mas a verdade é que existe também um número considerável de produções Disney que simplesmente não fizeram tanto sucesso, e por isso não são tão bem lembradas mesmo entre os maiores fãs, embora não deixem nada a desejar no sentido técnico se comparados com os filmes mais conhecidos. Aqui vamos falar um pouco sobre essas animações, seus criadores, a ideia por trás delas e até algumas curiosidades, além, claro de tentar entender por que elas não são tão conhecidas quanto poderiam, e para começar logo bem vamos falar de um filme que marca presença no meu top 10 pessoal de Disney, Planeta do Tesouro! Então vamos começar? Vamos começar!

Primeiramente vamos deixar todo mundo um pouco mais por dentro da criação do filme, ele é explicitamente baseado na obra A Ilha do Tesouro (1883) do escritor britânico Robert Louis Stevenson (1850-1894) só mudando claro as caravelas que atravessam os oceanos da época por naves que atravessam galáxias inteiras, (e alias essas naves também parecem caravelas) agora um fato curioso, que eu pelo menos não sabia até fazer essa pesquisa, Stevenson também é autor de O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde (1886), não reconheceu? Talvez você conheça pelo nome mais comum, “O Médico e o Monstro”, está mais familiarizado, né?
Então agora vamos falar sobre os responsáveis por trazer esse grande (porém subestimado) filme para nós, John Musker e Ron Clements, são esses os nomes dos génios a quem devemos agradecer, e acredite em mim quando digo que não estou exagerando quando uso essa palavra para descrevê-los, não acredita? Então permita que eu liste algumas outras animações dirigidas por eles, A Pequena Sereia (1989), Aladdin (1992), Hércules (1997) e A Princesa e o Sapo (2009), são só alguns de seus filmes. Sem falar em Moana, que estreou em Novembro do ano passado, e é seu primeiro filme feito completamente em computação gráfica, (muito bom trabalho dupla! rsrs) e aí, agora entendeu por que dou tanto credito a esses dois? Os caras sem dúvida sabem o que fazem, e visivelmente não baixaram o nível em Planeta do Tesouro.


                                  

John Musker (Esquerda) e Ron Clements (Direita) na D23Expo de 2015, boatos de que eles também fizeram uma participação especial em uma cena de Hércules, o que vocês acham?

            Pronto, com os dois devidamente apresentados vamos começar a falar do filme em si. Já nos primeiros minutos o narrador nos põe em meio a uma viagem espacial onde o temido pirata Capitão Nataniel Flint está tentando roubar um grande navio/nave mercante carregada de cristais solares de Arcturian, (não sei o que é isso, mas se o cara está atrás deve valer alguma coisa né? Hehe) e assim se desenrola uma grande batalha entre os tripulantes do navio e o bando de Flint, que termina com eles fugindo carregados de riquezas enquanto abandonam a embarcação que roubaram sem deixar rastros; é só ai que descobrimos que não somos os únicos que estão ouvindo esta história, pois tudo que é contado está no livro que o pequeno Jim Hawkins, protagonista do filme lê antes de dormir, e este o inspira a querer procurar o planeta onde segundo a lenda Flint havia escondido seu tesouro, o Butim de Mil Galáxias, embora sua mãe esteja convencida de que isso não passa de uma história.
            Alguns anos se passam e Jim se mostra como um adolescente rebelde que inclusive já fora até detido pela polícia mais de uma vez, sua mãe preocupada já não sabe mais o que pode fazer com o filho, e tem medo do que pode vir a acontecer com ele se continuar assim, mas não há muito tempo mais para pensar nisso depois que o misterioso Billy Bones cai com sua nave de fuga próximo à Estalagem Benbow, (que pertence à família de Jim) e quase sem forças entrega ao garoto uma misteriosa esfera dando a seguinte instrução – Proteja isto do ciborgue. – antes que algo mais possa ser dito o lugar é invadido por implacáveis bandidos, que incendeiam a estalagem, dando tempo para que Jim e sua mãe pudessem apenas fugir sem levar nada, com a ajuda do Dr. Delbert Doppler, um astrofísico local e amigo da família.
            Já em segurança na casa de Delbert Jim começa despreocupadamente a estudar a esfera que recebeu de Bones, até o momento em que consegue desvendar seu segredo, descobrindo que a mesma é na verdade um mapa holográfico de enormes proporções que mostra toda a galáxia, maravilhado Delbert não hesita em estudar o conteúdo do artefato até perceber a existência de um pequeno e longínquo planeta desconhecido que Jim logo reconhece das histórias de sua infância, era o Planeta do Tesouro, o lugar onde o Capitão Flint escondera suas incontáveis riquezas. Sem pensar duas vezes o garoto se propõe a ir atrás deste planeta para que ele e sua mãe possam reconstruir sua casa, e ter uma vida melhor, claro que a Sra. Hawkins é completamente contra, mas depois de alguns argumentos de Delbert que também deseja muitíssimo realizar esta viagem ela em fim sede e os dois embarcam em uma viagem interestelar na espaçonave R. L. S. Legacy. 




Jim segurando o mapa enquanto Delbert estuda o holograma projetado por ele. Alguém aí já viu casamento mais perfeito entre CGI e animação tradicional?! Duvido!

A bordo da espaçonave somos apresentados a alguns de seus tripulantes, a Capitã Amélia, a líder nata que guia esta expedição, seu fiel imediato, Sr. Arrow, um ser de pedra cuja moral é inabalável, e que segue cegamente as ordens de sua capitã não importando se lhe trará algum risco, Sr. Scroop, um aracnídeo de péssima índole, e que já mostra suas reais intenções para com Jim desde seu primeiro encontro.

  
Sr. Arrow: O leal e forte imediato 
da tripulação.


Capitã Amélia: O pulso firme 
que lidera o navo/nave.


Sr. Scroop: A razão pela qual Jim queria ter cera no nariz.
(Alguém pegou a referência? rsrsrs)

Por fim, o cozinheiro da tripulação, Long John Silver, (desculpem se eu me exceder de mais nesse personagem, é que realmente o adoro!) um homem que parece já ter vivido bastante, e aparenta ser especialmente esperto quando o assunto é agradar as pessoas, mesmo que com segundas intenções, mas nada deixa Jimbo (apelido que o mesmo dá a Jim) mais desconfiado que o fato de o mesmo ser um ciborgue, e o garoto terá bastante tempo para investiga-lo já que foi designado contra a vontade de ambas as partes pela Capitã Amélia como grumete e ajudante do Sr. Silver. Com o tempo de convivência começa a aflorar uma relação paterna entre os dois, de forma que Jim passa a ver Silver como o pai que nunca teve, e Silver o ensina tudo que aprendeu em sua vida cheia de aventuras; ambos se abrem emocionalmente fazendo com que todas as suspeitas caiam por terra.   


Long John Silver em uma das cenas onde descobrimos se as suspeitas de Jim estavam certas ou não, mas sem mais spoilers!

Além destes temos personagens ainda mais diferentes para nos lembrar constantemente que esta é uma Epopeia Espacial, tais como o Morph, a criaturinha alienígena capaz de mudar de forma e que faz o papel de “papagaio de pirata”, e o Bio Eletrônico Navegador, ou apenas B.E.N., um robô sucateado que sofre de perda de memória, mas se prova mais que útil para a missão de Jim.

 
                     Morph (Direita) e B.E.N. (Esquerda) esquecendo das coisas antes da Dory transformar isso em modinha. Hehehe! 

Pronto, agora que já conhecemos/lembramos do enredo e personagens resta apenas desvendar a grande pergunta – Por que esse filme foi esquecido? – eu realmente nunca entendi, mas fui ler algumas críticas e opiniões, algumas da própria época de lançamento, e acabei concluindo que esse é justamente um dos fatores que tirou Planeta do Tesouro dos holofotes, um leitor mais atento a esse ponto já vai ter percebido que eu ainda não disse a data de lançamento desse filme até agora, mas foi por que eu tive medo de estragar a “surpresa” pra esse momento, bem, O Planeta do Tesouro é de 2002, será que você que lembra um pouco melhor de datas pode me dizer que outros filmes estavam começando a entrar em alta nessa época? Exatamente, os de computação gráfica, Toy Story já tinha mostrado a que veio em 1995, tanto que ganhou sua primeira continuação logo em 1999, e ainda tinha Vida de Inseto (1998), e Monstros S.A. (2001), sem falar que já estava por vir Procurando Nemo no outro ano (2003).
Veja só o tamanho da “briga” que Planeta do Tesouro arrumou, tendo que bater de frente com um estilo de animação que na época era o mais moderno e impressionante de todos, não estou aqui acusando a Pixar, ou dizendo que ela é a vilão da história, não mesmo, ela pode e deve continuar nos impressionando com seu jeito de fazer animação, mas temos que admitir que o próprio público do início do milênio endeusou a animação por CGI a tal ponto que acabou deixando de lado filmes feitos da forma tradicional. Embora Planeta do Tesouro tenha bastante elementos e até personagens feitos em computador e esses na minha visão se integram perfeitamente aos feitos com papel e lápis os críticos da época pareciam simplesmente não querer ver isso, afirmando pragmáticos que a combinação era algo feio que nunca se deveria esperar que desse certo, contrapondo-se ao grupo considerável de fãs do estúdio que gostariam que a Disney voltasse a produzir animação tradicional TAMBÉM, e eu me incluo nisso sem sombra de dúvidas.
Planeta do Tesouro não foi a primeira, e nem será a última grande animação a não ter a repercussão que merecia, Atlantis (2001) mesmo teve um destino de certa forma parecido embora ainda tenha tido forças para ter uma continuação, que aliás eu acho bem ruinzinha em 2003, os motivos para a história de Milo não ter sido tão bem sucedida já são um pouco diferentes, mas isso é assunto para outro post em outro dia. Por hora só me resta agradecer ao John Musker e ao Ron Clements por me levarem para esse mundo que gosto tanto de visitar até hoje. Pronto, mandado meu recado, fiquem com algumas artes do filme que eu separei pra vocês...


Sr. Silver contando ao Jimbo sobre as coisas da vida! Hehe

R. L. S. Legacy partindo do Espaço-Porto Montresor para o Planeta do Tesouro!

Bem de boa passando do ladinho de um buraco negro, dia normal!

Encerrando com o Capitão Nataniel Flint (ou o que resta dele) todo estiloso curtindo seu Butim de Mil Galáxias... Hehe
        
Será que o pessoal que já viu o filme ficou naquela nostalgia massa, e decidiu ré assistir? Quem nunca viu pegou a vontade de assistir também? Se sim, pode dizer depois o que achou aí nos comentários, ou na página do Facebook. Tem alguma observação ou sugestão pro próximo esquecidos Disney? Deixe também seu comentário, esperamos que tenha gostado. Um abraço, e até a próxima!